quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sabe, cansei. Cansei de ter que às vezes ser o que não sou para agradar as pessoas. Cansei de sorrir quando sinto uma enorme vontade de chorar, chorar até extravasar ou secar minhas lágrimas, que luto para que não inundam o meu rosto, por achar que não se vale a pena. Cansei de dizer palavras sinceras, tão sinceras que mesmo assim foram duvidadas, não acreditadas ou simplesmente jogadas no lixo ou debochadas, acima dessa sinceridade fora massacradas por certos convencimentos, vesnobismo e mania de grandeza. Eu cansei de ouvir e nunca ser ouvida com a mesma atenção, com a mesma paciência, na maior boa vontade que eu, quantas vezes sem que pudessem ver a tristeza que se estampava em meus olhos, por achar que devia ter feito mais ou quando achava que havia fracassado em ajudar quem tanto precisava da minha ajuda. Para depois ganhar um beijo, o beijo da traição da falsidade, da mediocridade, o beijo que arde e machuca (…) Cansei de viver brincando, fazendo brotar sorrisos dos lábios das pessoas, ou arrancando boas gargalhadas e ser tachada de engraçada, sempre com as mãos no coração das pessoas amenizando a suas dores, fazendo-as esquecer por um momento com esse meu jeito louco de ser o seu desespero, sua solidão, depressão e fracassos ou mesmo a dor do amor a dor da rejeição, ou a dor da doença, para depois virem com palavras ásperas, duras, amargas, frias. Cansei das pessoas que não me conhecem, não convivem comigo, nunca me viram, dizer que fiz ou disse isso ou aquilo, e na hora da satisfação a pessoa simplesmente coloca uma cara de anjo e tira o corpo fora para não se afogar em suas próprias acusações, sem ter como se defender esquece-se da educação ou fingir esquecer, sem nem um pedido de desculpas de ambas as partes a que disse a que acreditou, simplesmente somem e se calam assustadoramente em uma atitude covarde.

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