Theodore Robert Cowell "Ted" Bundy (24 de novembro de 1946 - 24 de janeiro de 1989) foi um dos mais temíveis assassinos em série da história dos Estados Unidos da América durante a década de 1970.
Com uma infância perturbada, ele iniciou a sua carreira criminosa assassinando e estuprando as suas vítimas.
Era um homem charmoso, de conversa e palavras convincentes, que lhe ajudariam a seduzir e eliminar mulheres em uma matança desenfreada.
Foi preso e conseguiu fugir, dando continuidade em seus crimes na mesma noite em que escapara.
Há um episódio que foi retratado onde invadiu uma república de moças, onde as matou a sangue frio.
Seu último assassinato foi uma garota de apenas doze anos de idade.
Ted Bundy foi levado a julgamento e condenado à pena de morte. Os jurados demoraram apenas quinze minutos deliberando sobre o veredito.
INFÂNCIA
Bundy nasceu na Maternidade Elizabeth Lund Unwed Mothers, em Burlington, Vermont. Enquanto a identidade de seu pai permanece um mistério, na certidão de nascimento de Bundy há o nome de "Lloyd Marshall" (b. 1916), [1] embora a mãe de Bundy, mais tarde, informasse ter sido seduzida por um veterano de guerra chamado "Jack Worthington".
A família não acreditou nesta história, porém, se manifestou desconfiança sobre Louise ter sido estuprada, por seu pai, Samuel Cowell. Para evitar o estigma social, Os avós de Bundy, Samuel e Eleanor Cowell registrou como seu filho, então ele se tornou Theodore Robert Cowell. Ele cresceu acreditando que sua mãe, Eleanor Louise Cowell, era sua irmã mais velha. Na Biografia que Stephen Michaud e Hugh Aynesworth escreveram, dizia que ele só soube que Louise era realmente sua mãe quando estava na escola secundária.
Durante os primeiros anos de sua vida, Bundy e sua mãe moraram na Filadélfia com seus avós maternos. Em 1950, Bundy e sua "irmã" mudaram-se para viver com familiares, em Tacoma, onde Louise Cowell teve inexplicavelmente teve outro filho do último namorado, mudando assim de nome para Cowell Nelson.
O PRIMEIRO AMOR
Em 1967, aos 21 anos, Ted Bundy conheceu uma garota bonita e de boa família, Leslie Holland. Aparentemente, foi com ela que teve sua primeira relação sexual, e Ted gostava mais dela do que ela dele. Ela o achava sem objetivos e ele tentava impressioná-la com mentiras.
Suspeita-se que, nesta época, ele também cometia furtos - até de carros.
No ano seguinte, ela terminou com ele, após se formar. Ted ficou deprimido e obcecado com ela.
Em 69, Ted finalmente fica sabendo que sua "irmã" é, na verdade, sua mãe. Não mudou o comportamento com ela, mas ficou ainda mais distante do pai adotivo.
AJUDANDO PESSOAS EM CRISE
Ted estudou Psicologia na universidade, e seus professores gostavam dele, que tinha bom desempenho.
Conheceu então uma secretária tímida, separada e com uma filha, com quem ficou envolvido por cinco anos, Elizabeth Kendall (na verdade, pseudônimo adotado por ela ao escrever um livro sobre a história, "My life with Ted Bundy").
Ela queria casar com ele, ele dizia ainda não estar "na hora", e ela suspeitava que ele mantinha outros encontros.
Ted levava uma vida de homem do bem. Começou a se envolver mais com a política. Recebeu uma medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. E prestava assistência, como voluntário, em um serviço de ajuda emocional, por telefone, a pessoas em crise.
Ann Rule, que escrevia artigos policiais para revistas, por um ano foi sua colega neste serviço de ajuda emocional, na Crisis Clinic. Conta que, nas noites de domingos e terças-feiras, ficavam apenas os dois em uma casa. Por coincidência, pouco depois ela foi contratada por uma editora para escrever um livro1 sobre o serial killer que assombrava a região, mas que ainda não havia sido identificado...
Ted era membro ativo do Partido Republicano e, em 1973, em uma viagem do partido, Ted reencontrou a primeira namorada, Leslie, com quem ele ainda falava ocasionalmente. Como ele estava mudado, ela se interessou verdadeiramente nele, e mantiveram encontros, sem ela saber de Elizabeth. Mas logo ele mudou, ficou frio, perdeu o interesse nela. Em fevereiro de 74, ele sumiu dela.
CRIMES
Este estudante de direito e Jovem Republicano gostava de usar um torniquete no braço para parecer vulnerável e conseguir com que as mulheres o ajudassem com as compras. Uma vez que ele atraía suas vítimas para a porta do carro, ele batia e as levava embora para reservadamente desfrutar de sua mortes. Ele preferia matar garotas bonitas de cabelo escuro do tipo chefe de torcida. Ele atacava suas presa com objetos rombudos e era fã de estuprar e morder sua vítimas. A marca da mordida em uma de suas vítimas foi usada como evidência contra ele no seu julgamento na Flórida.
Linda Ann Healy era uma bela mulher, que trabalhava em uma rádio como comentarista do tempo. Tinha 21 anos e estudava Psicologia. Ted tinha 27. Na noite de 30 de janeiro de 1974, ela saiu para um pequeno bar próximo a sua casa, com amigas com as quais morava, para tomar uma cerveja após o jantar. Voltou logo, para ver televisão e ligar para o namorado.
Pela manhã, a sua cama estava vazia. No fim do dia, seus pais estranharam, pois ela não apareceu na casa deles como de costume, e chamaram a polícia. No seu quarto, a cama estava arrumada de um jeito diferente e alguns objetos faltavam. Também encontraram vestígios de sangue. A polícia não suspeitou da gravidade do caso e não recolheu muitas provas. (Seu crânio só seria achado no ano seguinte, com marcas de espancamento severo; o resto de seu corpo não foi encontrado.)
Nos meses seguintes, outros desaparecimentos aconteceram, e todas as garotas eram parecidas em alguns aspectos: brancas, jovens, com cabelos escuros, longos e, geralmente, repartidos ao meio. Algumas pessoas que as viram antes de sumir relataram tê-las visto conversando com um homem usando gesso no braço e pedindo ajuda para carregar alguns livros.
Em agosto de 74, a polícia encontrou, em um parque, os crânios de duas garotas, Janice Ott e Denise Laslund - ambas desaparecidas no dia 14 de julho, em horários diferentes. Uma testemunha deste caso ouviu o assassino dizer às garotas, quando as abordou, que se chamava Ted. Outras duas mulheres, juntas, haviam sido abordadas por Ted no mesmo local, mas não o ajudaram a carregar os livros para seu carro.
Por causa de denúncias decorrentes do retrato falado do suspeito, Ted Bundy passou a ser investigado.
MAIS UMA, E MAIS UMA...
Uma amiga de Elizabeth Kendall, a namorada de Ted, também viu o retrato falado e achou parecido com Ted. Havia mais motivos para Elizabeth acreditar, como o Fusca usado pelo criminoso (Ted tinha um), a atadura (ela viu uma nos pertences dele mas nunca o havia visto usá-la). Elizabeth entrou em contato com a polícia, que solicitou-lhe retratos de Ted - mas testemunhas não o reconheceram nas fotos. A polícia esqueceu Ted.
Ted foi para outro Estado (ele acabaria matando em vários Estados diferentes). Em outubro, a filha de um chefe de polícia, Melissa Smith, de 17 anos, foi estrangulada, estuprada e sodomizada. Já Laura Aime, de 17 anos, sofreu pancadas no rosto e a mesma violência sexual.
Em novembro, usando uma história diferente, colocou Carol DaRonch em seu carro. Quando tentou algemá-la, ela escapou do carro. Ele veio com uma barra de ferro em sua direção, mas ela chutou seus testículos e saiu correndo. No mesmo dia, ele capturou Debby Kent. Uma outra vítima sobrevivente, Joni Lenz, atacada em 1974, foi encontrada em seu quarto, tendo apanhado muito e com um apoio da cama enfiado em sua vagina. Ficou com seqüelas o resto da sua vida.
Em janeiro de 75, a vítima foi Caryn Campbell, encontrada quase um mês depois, perto de uma estrada, comida por animais. Poucos meses depois, Brenda Ball. E outra, e outra...
Entre 74 e 78, Ted fez cerca de 36 vítimas. O número é mesmo incerto. Bundy nunca confirmou o número exato. Em uma ocasião, quando mencionaram-lhe este número, ele deu um sorriso e disse aos detetives: "Acrescentem um dígito e terão o total." A escritora Ann Rule pergunta: "Ele queria dizer 37? Ou 136? Ou 360?".
Ou quis apenas "brincar"?
A CAPTURA DEFINITIVA DE TED FOI TRABALHOSA
Em agosto de 75, um policial achou suspeito um motorista que rondava um bairro. Quando tentou abordá-lo, ele fugiu, mas acabou batendo. O policial notou que faltava o banco de passageiros do carro. E foram encontrados uma barra, máscara de esqui, algemas, uma corda e um picador de gelo. Ted foi preso.
Carol, aquela do chute nos genitais do agressor, o reconheceu. Assim como conhecidos de Debby, que o viram abordando-a. Ele alegava inocência.
A namorada Elizabeth, depondo, disse que no último ano Ted tinha pouco interesse sexual e, quando tinha, queria praticar alguma violência leve ("bondage"). E forneceu informações valiosas, como o paradeiro dele no dia dos sumiços. A investigação também chegou à primeira namorada. Outras pistas foram surgindo.
Em fevereiro de 76, foi levado a julgamento pelo seqüestro de Carol. Ele estava tranqüilo. E negou a acusação. Entretanto, foi condenado à prisão. Lá, foi avaliado por psicólogos que, entre várias hipóteses, lançaram uma interessante, sobre o seu funcionamento psíquico: Ted tinha medo de ser humilhado em suas relações com as mulheres.
SAINDO PELA PORTA DA FRENTE DO PRESÍDIO
Enquanto isto, a investigação dos outros crimes continuava, e provas se avolumavam.
Na preparação para o julgamento do caso Caryn, Ted ficou insatisfeito com seu advogado. Ele resolveu defender a si mesmo (atitude permitida nos EUA). Ele tinha autorização para ir à biblioteca da prisão. Em junho, pulou por uma janela aberta da biblioteca. Machucou-se, mas estava livre.
Cerca de 150 homens saíram à sua caça, mas não conseguiram achá-lo. Nesta época, sentia-se invencível. "Nada saía errado. Se algo saía, a próxima coisa que acontecia era tão boa que compensava. Era até mesmo melhor." - disse ele posteriormente.
Roubava alimentos, dormia em vários locais diferentes. Quando conseguiu roubar um carro para sair da cidade, foi pego.
Agora, quando ia à biblioteca da prisão, era algemado e com ferros nos pés. Mas ele não desistiu. Escapou de sua cela, pelo teto, e parou na sala de um guarda. Depois, saiu pela porta da frente do presídio. Quando perceberam seu desaparecimento, ele já estava a caminho de outro Estado, onde se alojou usando um nome falso. Passava os dias no campus de uma faculdade, assistia algumas aulas, ou ficava em casa vendo tevê (roubada, assim como tudo o mais do apartamento).
CURANDO A ABSTINÊNCIA DE MATAR
Em janeiro de 78, Ted Bundy entrou em um alojamento de estudantes mulheres (o Chi Omega).
Foram atacadas enquanto dormiam. Duas morreram. Em uma, o mamilo quase foi arrancado por uma mordida, além de ter sofrido invasão sexual com uma lata de spray para cabelo. Em outra, o cérebro estava exposto, pelas pancadas. Duas outras ficaram paraplégicas. Teve que fugir porque uma, além de ter visto seu rosto, reagiu.
A poucas centenas de metros dali, Ted atacou outra mulher, no apartamento dela. Os gritos acordaram os vizinhos e a polícia chegou logo, e a encontrou viva. Haviam poucas provas deixadas: fios de cabelo em uma máscara, a marca de uma mordida nas nádegas de uma vítima...
Kimberly Leach foi a última vítima conhecida de Ted. Ela tinha 12 anos, e o caso aconteceu em fevereiro de 78. Seu corpo só foi achado semanas depois.
SOB A LUZ DOS HOLOFOTES, ATÉ O FINAL
Nesse mês ainda, um policial suspeitou de um Fusca desconhecido na região que patrulhava. Ted tentou fugir, mas parou e, quando ia ser algemado, iniciou luta com o guarda. O guarda venceu.
Ted seria levado a julgamento pelos crimes no Chi Omega e pelo assassinato de Kimberly. Novamente, assumiu sua defesa e negava os fatos.
O julgamento do Chi atraiu bastante a imprensa. A testemunha ocular do Chi complicou Ted. Mas a prova mais contundente foi a análise da mordida. Sem expressar emoção, Ted Bundy escutou o veredito: culpado.
A pena seria decidida em outro julgamento. A mãe de Ted chorou e pediu por sua vida. Ted culpou a mídia por sua condenação e disse que seria um absurdo pedir perdão por algo que ele não fez. Nada adiantou. Ted foi duplamente condenado à morte, na cadeira elétrica.
Foram estes julgamentos que ajudaram a tornar Ted tanto um "monstro", para a maioria das pessoas, quanto um ídolo para algumas - ele era bonito, bem articulado.
Mas ainda havia o julgamento do caso Kimberly. Desta vez, aceitou advogados e resolveram tentar a alegação de insanidade mental. Ted estava aparentemente nervoso, desta vez, e discutiu com uma testemunha. A acusação chamou 65 testemunhas. A prova mais contundente foi o encontro de fibras da roupa da garota no veículo que Ted estaria usando na época. O julgamento durou um mês! Culpado, mais uma vez.
No dia da deliberação do veredito, exatamente dois anos após a morte de Kimberly, ele e Carole Ann Boone, testemunha de defesa, trocaram votos de casamento e, segundo as leis do locais, se isto é feito em ambiente legal o casamento é considerado válido. Isto pegou a todos de surpresa. Mas não mudou em nada a pena. Ted foi condenado à morte, mais uma vez.
Com outros advogados, tentou apelação, que foi negada. A morte estava marcada para março de 1986. Enquanto a apelação corria, a data foi remarcada, para janeiro de 89. Nesse ínterim, Ted ainda ajudou a polícia a pensar no caso do "Green River killer" (segundo Robert Keppel, o detetive que conversava com Ted, nosso serial killer aparentava ciúmes ou inveja deste outro assassino).
Ted resolveu contar alguns detalhes de seus crimes. Disse que guardou a cabeça de algumas vítimas como troféu. Também falou de necrofilia. Este policial estima que Ted pode ter feito mais de cem vítimas, algumas antes da primeira conhecida.
Ted tentou, no fim, negociar um prazo de mais alguns anos de vida em troca de mais algumas confissões, sem sucesso.
Após o anúncio de sua morte, o público de fora da prisão ovacionou e foguetes estouraram no céu.
Seu corpo foi cremado.
CONSELHOS PARA A SOCIEDADE, POR TED BUNDY
Pela fama adquirida, Ted foi bastante pesquisado, entrevistado, e foi objeto de vários livros.
Falando a Stephen Michaud, em terceira pessoa, sobre o homicídio sexual, disse: "O encontro sexual inicial pode ser um mais-ou-menos voluntário que não gratifica inteiramente o espectro de desejos que ele queria. E então, seu desejo sexual cresce... este outro precisa possuí-la totalmente. Enquanto ela repousa lá, algo entre o sono e o coma, ele a estrungula até a morte.".
Segundo ele, esta posse sobre a vítima era fundamental, "como alguém possui uma planta em um vaso, uma pintura ou um Porsche".
Pouco antes de sua execução, ele admitiu a detetives que tinha alguns comportamentos necrofílicos: visitava os corpos abandonados de algumas vítimas, e uma foi encontrada com xampu no cabelo, aplicado após sua morte, outra com maquiagem. "Se você tiver tempo, elas podem ser quem você quiser que elas sejam."
Bundy também fotografou algumas vítimas e guardou pedaços de seus crânios em seu apartamento. Ted disse que chegou a ter 4 ou 5 cabeças guardadas em casa. "Quando você trabalha duro para fazer algo corretamente, você não quer esquecer isto."
Ted disse a Robert Keppell# que, no começo, ficava apavorado logo após os crimes. "Acordar de manhã e tomar consciência do que eu fiz, com a mente clara, com toda a essência da minha moral e com os sentimentos éticos intactos, absolutamente me horrorizava." Mas pouco depois ele já se sentia bem. Também disse que o álcool o ajudava a cometer os crimes, mas não que estivesse tão embriagado a ponto de não saber o que estava fazendo. O álcool o ajudava a "atravessar a fronteira". Ted também usava maconha com o mesmo intuito.
Keppell faz uma análise interessantíssima da personalidade de Bundy. Segundo ele, eram "quatro diferentes pessoas" em ação - mas ele esclarece: nada a ver com múltiplas personalidades que se alternam, e sim, aspectos diferentes coabitando em uma única mente, simultaneamente. Uma, grandiosa, orgulhosa, que queria negociar sua vida com advogados e governadores. A segunda, numa extremidade oposta, um rapaz bastante derrotado, desprezível. A terceira, alguém terrificado e confuso com o que fez. Por fim, um psicopata, capaz de tornar-se "invisível" quando necessário, mantendo o controle de tudo à sua volta - detetives, guardas, advogados, todo mundo. "Ele sabia onde ele estava a cada momento. Ele sabia quem ele era."
Ao detetive Bill Hagmaier, Ted Bundy deu uma de suas mais famosas declarações: "Assassinato não é simplesmente um crime de luxúria ou violência. Torna-se possessão. Elas são parte de você... Você sente o último restinho de ar deixando seus corpos... Você está olhando nos olhos delas... Uma pessoa nesta situação é Deus.".
A última entrevista de Ted Bundy, um dia antes de ser executado, foi cedida ao psicólogo James Dobson. Foi filmada e trechos são facilmente encontráveis na internet2.Na entrevista final Ted falou sobre o início de seus crimes, mais uma vez. "Por um par de anos, eu fiquei lutando com inibições muito fortes minhas contra comportamentos criminosos e violentos."
"Não há maneira de descrever a urgência brutal de fazer aquilo, e uma vez que era satisfeita, e o nível de energia declinava, eu me tornava eu mesmo de novo. Basicamente, eu era uma pessoa normal..."
Nesta entrevista, ele põe parte da culpa dos seus atos sobre o consumo de pornografia "pesada". "Eu não estou culpando a pornografia. A questão é como esse tipo de literatura contribui e ajuda a moldar e dar forma a tipos de comportamento violento. Uma vez que você fica viciado nisso - e eu vejo isso como um tipo de dependência -, você procura por coisas mais potentes, mais explícitas, mais tipos de material gráfico."
Uma pequena frase dita nesta entrevista foi freqüentemente distorcida, posteriormente: "Nós somos seus filhos e maridos". Ele referia-se ao público que consome e é influenciado pela pornografia e violência que estão na mídia, e dizia que estas pessoas não eram monstros antes disto, deste consumo, mas podem virar. A frase tem sido divulgada como "Nós, serial killers, somos seus filhos e seus maridos...", como se fosse uma ameaça do tipo "eu morrerei, mas eles continuarão". Na verdade, nesta ocasião Ted aconselha à sociedade que pense nesta questão. "A sociedade deve se proteger dela mesma." , ele afirma.
Aliás, Bundy tinha consciência de que suas palavras poderiam ser vistas apenas como uma tentativa de benefício próprio, mas completou: "através da ajuda de Deus, eu pude chegar, muito tarde, ao ponto onde eu posso sentir a dor e o sofrimento pelos quais eu sou responsável. Sim. Totalmente! (...) É difícil falar sobre o que aconteceu, porque isto revive todos aqueles terríveis sentimentos. Eu sinto a dor e o horror daquilo. (...) Eu não espero que me perdoem. Eu não estou pedindo por isto." Muitos acreditam que estas declarações são falsas. Primeiramente, porque ao emiti-las sua face não demonstrava sofrimento algum. Além disto, alega-se que, se houvesse mesmo este profundo arrependimento, ele teria colaborado mais adequadamente com a resolução definitiva da questão de quantas e quais foram suas vítimas
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